Na tarde de ontem, a Usiminas, tradicional indústria siderúrgica de Ipatinga (MG), foi palco de uma ação digna das telas de Hollywood. Um operário recém-contratado salvou um dos membros da diretoria executiva da organização de morrer eletrocutado. A ação ocorreu no pátio da empresa, nas proximidades da lanchonete do estacionamento.
O relógio marcava 17h30 quando Hiram Salomão dos Reis, 21, auxiliar de limpeza, e seus colegas de setor tomavam um cafezinho. De repente, ouviram um barulho de explosão soar bem alto na área de estacionamento e as luzes do estabelecimento se apagaram. O barulho era contínuo. Alguns se abaixaram, temendo certo tipo de perigo. Hiram foi único a correr para o lugar de onde vinha o som desconhecido.
Ao chegar no local, Hiram se deparou com uma cena assustadora: um fio da rede elétrica se rompeu e caiu sobre o carro de um homem. O grande problema era que o senhor estava saindo do veículo, ou seja, fez o papel de fio-terra para a corrente elétrica. O fio chicoteava sobre o Ford EcoSport 2008 e fazia o indivíduo gemer de dor. Jerônimo Salesiano de Albuquerque, 67, diretor financeiro da empresa, parecia perto da morte.
O jovem teve pouco tempo para agir. Voltou à lanchonete, pegou uma vassoura e voltou para socorrer a vítima. Com o objeto que havia conseguido, tirou o cabo de alta tensão de cima do carro e o arremessou para uma distância segura. Em seguida, retirou Jerônimo do veículo e deitou-o sobre o chão, inconsciente e com aspecto fúnebre. Para reanimá-lo fez uso das seguintes técnicas de primeiros socorros: massagem cardíaca e respiração boca-a-boca.
Ao certificar-se de que o homem estava com os sinais vitais reativados, chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Quando chegou, o Samu já encontrou a vítima consciente e conversando com Hiram. A esta altura já havia também um grande número de curiosos em volta dos dois. O senhor foi levado para o Hospital Márcio Cunha e já se encontra fora de qualquer risco de vida. A Cemig foi chamada para resolver o problema com os cabos e o fornecimento de energia já voltou ao normal na siderúrgica.
Esta reportagem foi baseada no relato de J. M. C., 52, funcionário público. Ele foi o operário que salvou o diretor. À época, ele não sabia de quem se tratava. Estava na Usiminas há dois dias. Como recompensa, “Jerônimo” deu-lhe uma geladeira no seu casamento. O operário se casou aos 33 anos.
Uma outra notícia de salvamento pode ser lida aqui.
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5 comentários:
Grande Joséllio!
Primeira a comentar sua matéria...
Que honra!
Gostei muito.
Bela demonstração deste seu grandioso dom.
Desculpe-me pela falta de jeito com as palavras, mas não resisti e tive que vir até aqui te dar os parabéns!
Bj
Joselitto, gente bouaa....
q sacanagem! o cara salva a vida do outro e ganha só uma geladeira?
´to zuando...rs
bela atitude do cidadão!
Oi, grupo, os textos estão bem escritos e interessantes, mas acho ainda não está claro pro leitor os limites propostos entre ficção e realidade. Ao citar e linkar nomes de empresas, por exemplo, vocês "criam" uma realidade que pode trazer transtornos futuros. Pensem numa formar "desmentir ou esclarecer" o teor dos textos ao final dos posts para evitarmos mau entendidos.
PS. A palavra é imbróglio, não imblólio.
abs, Carlos
Que nobre e esperto o funcionário, ainda lembrou dos conhecimentos em elétrica e pegou um objeto que não conduz energia, do contrário teria de ser salvo também.
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