A pequena, pacata, quente, aconchegante e hospitaleira cidade de
Taparuba (MG) presenciou um crime nada comum. Na manhã de hoje, o corpo esquartejado de Rizolino Pereira, 23, foi encontrado congelado na tradicional sorveteria Strawberry Fields. A autora do crime: sua irmã, Rizoleta Pereira, 18, gerente daquela empresa. Os irmãos eram órfãos e moravam sozinhos. Quando Amelquíades Bernardes, 58, dono da Fields, abriu seu comércio, jamais poderia imaginar a cena que sua pessoa iria ver a seguir. No congelador, cada sabor de sorvete se encontrava em um recipiente e, em cada um destes, havia uma parte do corpo do finado Rizolino. No total, 37 pedaços. Horrorizado, ele acionou a
Polícia Militar, que não demorou uma hora para resolver o caso.
A linha de raciocínio da PM foi simples e eficaz. “Somente o dono e a gerente possuíam a chave do lugar. O esquartejado era irmão da gerente. Há dois anos, a gerente matou, com chicotadas, esporadas e pauladas, seu namorado. Não foi presa por ser menor de idade. Ontem, segundo amigos de Rizolino, os irmãos tiveram uma suave discussão na mesa do almoço, na qual a moça apenas ameaçou seu irmão de ter o mesmo destino de seu namorado, o saudoso Hermógenes Pedregulho. Quis o destino que ela cumprisse o prometido, mas agora ela já pode, e vai, ser presa”, relata o coronel PM Ataliba Schutz.

Interior da sorveteria Strawberry Fields
Ao chegar na casa da família Pereira, os policiais não tiveram muitos percalços para prender a bruxa. Ao encontrar manchas de sangue por toda casa, o destemido oficial Schutz apenas perguntou: “Foi você, danada?”, ao que obteve de resposta da assassina: “Ele mereceu”. Em seguida, ela foi algemada e levada para a Delegacia de Polícia de Ipanema (MG), onde responderá por vários processos criminais. A população se revoltou e queria promover o linchamento da vilã, mas os PMs não deixaram.
O atrito entre os irmãos ocorreu por causa das piadas machistas que Rizolino costumava contar na praça. A irmã sempre se enfurecia com esses “causos”. Ao ser presa ela detalhou os fatos. “Estávamos almoçando quando ele disse que ia parar de falar aquelas coisas. Disse estar arrependido, que as mulheres tinham o seu valor e que deviam correr atrás de seus direitos. Mas que na volta tinham que buscar uma cerveja para ele e a ‘machaiada’ que movia o mundo. Não agüentei. De noite, enquanto ele dormia, cortei o pescoço dele com um golpe de machado. E depois fui picando o resto do corpo. Juntei tudo em dois sacos e levei pra sorveteria. Lá, deixei minha criatividade fluir”, descreve, friamente, Rizoleta.
Essa tragédia foi baseada no relato de H.F.B., 19, auxiliar de escritório. Ele prometeu nunca mais dizer nada que possa ofender qualquer ser humano. Vamos ver até quando ele consegue ficar de boca fechada e se manter vivo.
Amiguinhos leitores (voz do Lyw): quem, entre vocês, é um psicopata?